Sorte De Iniciante?

05 May 2019 12:31
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<h1>Sorte De Iniciante?</h1>

<p>Rendeu mais que o esperado a discuss&atilde;o da semana passada, pela qual arrolei frases e express&otilde;es de uso exclusivo, ou quase, pela casa onde me formei. N&atilde;o menos escorubi&uacute;do, e igualmente n&atilde;o dicionarizado, &eacute; um substantivo de que o av&ocirc; materno do primo Ruy se valia para requisitar que se estancasse uma corrente de vento: “Fecha essa sucarra! Associa&ccedil;&atilde;o De Estudantes Da Faculdade De Medicina De Lisboa /p&gt;
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<p>”. Em Porto Sorridente, minha tia-av&oacute; Gilda dava sentido especial &agrave; frase “lira” pra adjetivar pessoa ou material de mau adoro: “Fulana &eacute; muito lira”, tange o primo Alvaro &agrave; guisa de exemplifica&ccedil;&atilde;o. Na minha fam&iacute;lia, como em tantas algumas, havia frases portadoras de intrigantes deforma&ccedil;&otilde;es. Meu pai chamava pijama de “pijame”, e cheguei a suspeitar que a bizarria proviesse do ninho carioca dos Eiras Furquim Werneck, onde ele nasceu. No cl&atilde; paulista dos Sardenberg, a que pertence meu conhecido Izalco, a heran&ccedil;a da av&oacute; paterna incluiu termo fabricado pela dona Leom&ecirc;nia pra designar gente grosseira, sem categoria, mal-educada: “retubef&aacute;”.</p>

<p>Mais recentemente, a fam&iacute;lia incorporou outra expressiva esquisitice, o “escapanu”, aplic&aacute;vel, com algo pr&oacute;ximo do descuido, a um fulano cada: “Quem &eacute; este escapanu? ”, querem saber os Sardenberg. Poeta que poucos prontamente puderam ler, o Izalco se encantou mais com a frase do que com o significado, e se pergunta se no “u” t&eacute;rmino n&atilde;o haveria um laivo de idioma romeno.</p>

<p>De Mariana, Minas Gerais, o Danilo Gomes levou para Bras&iacute;lia o termo “reculuta” - corruptela, explica, de “recruta”, jovem soldado cujo apetite vertiginoso inspirou o codinome de todo aquele, militar ou n&atilde;o, que d&ecirc; conta de um prat&atilde;o de comida. &Eacute; assim como de C&aacute;rmen Assina Decreto Para Simplificar Inser&ccedil;&atilde;o De Presos No Mercado Do Trabalho O Dia , informa o Danilo, certa forma - piedosa ou maligna? ”. Origem da express&atilde;o? Um tal Juanico, famoso pela cidade pela mania de trancafiar-se.</p>

<p>Quanto ao carioca Antonio Carlos, que desfrutou de inf&acirc;ncia em Cachoeiro de Itapemirim, trouxe de l&aacute; o verbo “esburrar”, sacado, pela maior parte das vezes, pra expor do leite fervente que transborda no fog&atilde;o. O transbordante saber de Antonio Carlos, de que este cronista tem sido benefici&aacute;rio, &eacute; prova de que “esburrar” admite sentido figurado. Dona de linguagem criativa, talento que teria feito dela uma escritora, minha m&atilde;e entortava palavras sem superior cerim&ocirc;nia. Imagino o trabalho que daria a um corretor ortogr&aacute;fico.</p>

<p>Em sua prosa, que infelizmente n&atilde;o baixou ao papel, “rebordosa” era “rebordose”, e o substantivo “tendep&aacute;” - briga, rixa, desordem - ganhava involunt&aacute;rio acento afrancesado como “tandep&aacute;”. Era mestra, a dona Wanda, pela forma&ccedil;&atilde;o de palavras. E dada, tamb&eacute;m, a injetar significado novo em voc&aacute;bulos neste instante dicionarizados. “Embondo”, que ✓ Como Ser Aprovado Em Provas E Concursos P&uacute;blicos &eacute; “aquilo que dificulta, que embara&ccedil;a”, ou “estorvo, impedimento”, virava sin&ocirc;nimo de discuss&atilde;o mole pra enrolar o pr&oacute;ximo.</p>

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<li>1 Tipos de Organiza&ccedil;&atilde;o</li>

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<li>97,52% N&atilde;o buscariam 2,15% Buscariam 0,33% N&atilde;o quiseram responder</li>

<li>Patricia Argumentou</li>

<li>51 Re: Regi&otilde;es metropolitanas</li>

<li>Prefeitura e MDA estar&atilde;o na 4&ordf; edi&ccedil;&atilde;o da Femec</li>

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<p>Embondar era o que fazia eu, pela tentativa de explicar meus recorrentes malfeitos, escolares ou n&atilde;o. Coisa vagabunda, de m&aacute; peculiaridade, ganhava de minha m&atilde;e o r&oacute;tulo “ribimba”. Nada a ver de perto - fui referir - com o verbo “rebimbar”, como faz um sino em instante de excita&ccedil;&atilde;o. Gradua&ccedil;&atilde;o A Dist&acirc;ncia Custa Menos, Todavia Exige Mais Do Aluno fam&iacute;lia da mam&atilde;e, mineira a mais n&atilde;o poder, usava-se linguagem t&atilde;o el&iacute;ptica quanto enviesada, o que impunha ao interlocutor o trabalho de ler tamb&eacute;m - ou principlamente - os sil&ecirc;ncios.</p>

<p>Entre os Avelar Azeredo Coutinho da antiga gera&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o se dizia que uma pessoa estava b&ecirc;bado ou de porre, e sim “na losna” - bem que, desconfio, nem ao menos todos soubessem que a palavra designa poderosa beberagem alco&oacute;lica, o absinto. Tampouco se dizia que algu&eacute;m era homossexual. Naquela fortaleza da discri&ccedil;&atilde;o e da virtude crist&atilde;, n&atilde;o convinha conceder nome aos bois - e menos ainda aos mam&iacute;feros ruminantes da fam&iacute;lia dos cerv&iacute;deos providos de cornos ramificados.</p>

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